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domingo, 9 de maio de 2010

Ex-prefeito Bessa sai da cadeira pra cadeia


Se depender do juiz Luiz Cláudio Chaves, da segunda Vara da Comarca do município, o ex-prefeito de Manacapuru, Edson Bessa, que teve seu mandato cassado no ultimo mês, vai para a cadeia por sobejos motivos de corrupção. Ele expediu dez mandados de busca e apreensão de documentos, mídias, computadores e aparelho celular na casa do ex-prefeito e de seus colaboradores mais próximos, ex funcionários de primeiro escalão e parlamentares do PMDB e PCdoB, incluindo o presidente da Câmara Municipal Jaziel Nunes de Alencar, o Tororó. Este juiz é o mesmo que multou recentemente a Amazonas Energia em R$ 50 milhões “pelas mazelas causadas à população”. Com este material em mãos, não lhe restará outro caminho senão pôr no xilindró o ex-prefeito e sua gangue, em cujo bojo está uma vereadora que se diz abençoada pelo ex-governador Eduardo Braga e protegida pelo PCdoB de Vanessa Grazziottin e Eron Bezerra.

Operação Candiru

Na tarde desta quinta-feira, a preguiça morna que se abate sobre a cidade na espera do crepúsculo, foi sacudida com a movimentação de 15 policiais do 9º Batalhão de Policia Militar de Manacapuru, nos moldes das operações espalhafatosas da Polícia Federal, que davam força e cobertura aos oficiais de justiça, Wellington Nogueira Carvalho e Luis Carlos Teles da Silva, que cumpriam os mandados de busca e apreensão por volta das 17h. A primeira residência a ser visitada pelos oficiais de justiça foi na rua Barão de Rio Branco no centro da cidade onde mora o presidente da Câmara Municipal, o Tororó. Depois veio a casa do ex-prefeito, Edson Bastos Bessa localizado no km 74 da rodovia Manoel Urbano. Os adeptos do atual prefeito, Ângelus Figueira, batizaram a operação com o nome do peixe que costuma penetrar no ânus de suas vítimas atraído pelas fezes que ela produz.

Provas do crime

Na residência do ex-prefeito, os oficiais de justiça encontraram os indícios da traquinagem de onde virão os argumentos jurídicos para ordem de prisão. São várias pastas com documentos do município, que continham assinatura do prefeito, mas sem de destinatário. Tudo em forma de pagamento com valores, entre R$ 3 mil e dez mil reais. Uma das residências arrombadas foi da ex-secretaria de Educação do município, vereadora Isabel Marinho (PC do B), colocada no cargo pelo prestígio de Eron Bezerra, cujo partido trouxe muitos recursos federais para o município, sobretudo no setor primário, durante a gestão Eduardo Braga, do PMDB, o mesmo partido de Bessa.

Brinde à presepada

O magistrado Luiz Claudio Cabral Chaves, que desfruta de prestígio e afeição popular, por sua firmeza e erudição, assim se manifestou no despacho que desencadeou o mandado: "A fé na Justiça e o fortalecimento dos vínculos sociais e da confiança da sociedade no pleno funcionamento dos poderes do Estado se fundamentam na observância do Estado de Direito e na manutenção do Espírito Republicano. Esses são fatores que resguardam a segurança da sociedade e do próprio Estado. Conclui-se, assim, que não podem ficar submetidos aos interesses particulares, individuais ou de grupos." É importante lembrar que a justiça eleitoral, sob a égide do desembargador Ari Moutinho, havia mantido no cargo o prefeito do PMDB, flagrado ao lado do próprio desembargador na festa de aniversário de Eduardo Braga em dezembro último, na semana anterior à anistia da justiça eleitoral ao festival de presepadas cometido por Edson Bessa.

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