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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Amazonino irrita-se com atitude de Alfredo


Audrey Bezerra
e André Alves
da equipe de A CRÍTICA

O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB) demonstrou descontentamento com as negociações entre o senador Alfredo Nascimento (PR) e o ex-prefeito de Manaus Serafim Corrêa (PSB). Ontem, ao participar da posse de novos secretários, no auditório da prefeitura, Amazonino não poupou críticas a Serafim e sinalizou que não aceitará subir no mesmo palanque de Alfredo e com o ex-prefeito. “Nós achamos normal a cidade está esburacada. A gente reclama, mas acha normal. Porque se nós não achássemos que isso era normal, as pessoas que deixaram os buracos não colocavam a cara de fora. Mas, metem”, afirmou. “E tem referência de que é sério, homem digno, limpo, transparente (...)”, completou referindo-se ao ex-prefeito Serafim Corrêa, sem citar nomes.

Essa semana, Alfredo e Serafim se encontraram para conversar sobre uma possível aliança. Caso o cenário seja confirmado, Serafim - que pretende voltar à Prefeitura em 2010, poderá ser forte concorrente para Amazonino nas eleições de 2012, ano em que ele deve buscar a reeleição.

Durante a posse dos dois novos secretários, Amazonino fez um longo discurso falando sobre sua vasta experiência na política e as razões pelas quais não vai disputar as eleições deste ano, como candidato ao Governo do Estado. Ele que no início do ano havia sinalizado apoio ao então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, também aproveitou para mandar recado dizendo que considera natural o político querer crescer, mas depois do amadurecimento na vida pública, ele não aspira vantagens econômicas e financeiras. “Hoje com idade avançada, tenho a nítida impressão de que não sou homem que aspira vantagens econômicas e financeiras (...). Por que eu estou lhe falando isso? Porque estamos vivendo um momento impar. Na nossa história é natural todo político querer crescer cada vez mais, não tem limite, querer cada vez mais, ampliar, subir, descer”, afirmou.

“Então vem a primeira colocação para vocês: por que um político deixou de ser candidato ao governo? Todas as pesquisas lhe permitiam disputar a eleição com uma cerca tranquilidade, mas por que essa pessoa renuncia isso? Isso é normal? Todo mundo vai dizer que não”, disse.

Amazonino disse ainda que no final do prazo para a desincompatibilização - 3 de abril - ele teve que fugir da cidade para não sofrer pressões. “Fugi de Manaus e fui para São Paulo de propósito para não sofrer pressões”, frisou. Sobre a não candidatura, o prefeito repetiu que não foi candidato porque “em grande parte, havia se determinado a consertar a cidade”. “Vocês não têm ideia o que é querer consertar essa cidade, tendo um conflito de interesses, omissões, falta de visão. Esse tipo de comportamento se estereotipou, tornou-se normal. Tudo está errado, e para mexer nisso, você precisa ter primeiro espírito de renúncia, renunciar aos acordos, renunciar ao direito de crescer politicamente, tem que ter coragem (...)”, afirmou.

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