
O governador Eduardo Braga (PMDB) afirma que todas as candidaturas ao Governo do Estado são legítimas. Na sua avaliação, o Amazonas terá, no máximo, quatro candidatos fortes em 2010: Amazonino Mendes (PTB), Omar Aziz (PMN), Alfredo Nascimento (PR) e Serafim Corrêa (PSB).
Braga tem até o dia 2 de abril de 2010 para decidir se fica no cargo e comanda o processo eleitoral no Estado ou se renuncia e concorre ao Senado, deixando o vice-governador Omar Aziz como governador. Historicamente, o titular do posto, no Amazonas, elege quem o sucede. Se permanecer na chefia do Executivo Estadual ficará, pelo menos, dois anos sem mandato. Mas terá maior margem de manobra para eleger o sucessor. Em 2002, Amazonino agiu dessa forma. Elegeu Braga. Mas teve dificuldade para voltar ao Poder.
Se permanecer na chefia do Executivo Estadual ficará, pelo menos, dois anos sem mandato. Mas terá maior margem de manobra para eleger o sucessor. Em 2002, Amazonino agiu dessa forma. Elegeu Braga. Mas teve dificuldade para voltar ao Poder.
Caso se afaste para disputar uma vaga de senador, hipótese mais provável, Omar Aziz assume e pode concorrer à reeleição. Para Braga, seria o melhor negócio, pois poderia tentar retornar ao Governo em 2014. Ocorre que, em 2008, mesmo com a máquina do Estado, Braga não conseguiu fazer de Omar prefeito de Manaus.
Para Braga, quatro pré-candidatos a governador se apresentam com chances de vencer: Serafim Corrêa (PSB), Amazonino, Omar e o ministro Alfredo Nascimento (PR). Os quatro pertencem a partidos da base aliada de Lula, a quem o governador jura fidelidade.
O PSB de Serafim, contudo, já anunciou a pré-candidatura do deputado Ciro Gomes a presidente. E Braga diz que vai fazer campanha para a ministra Dilma Roussef, candidata de Lula, o que limita sua escolha a Omar, Amazonino e Alfredo. Todavia, apoiar uma eventual candidatura do prefeito ou do ministro significa a possibilidade de ficar oito anos fora do governo. A seguir entrevista concedida a A CRÍTICA.
O PMDB no Amazonas poderá compor com o PTB do prefeito Amazonino Mendes em 2010?
O PTB faz parte da base aliada do presidente Lula. E também faz parte do nosso governo. Existem deputados do PTB que nos apoiam na Assembleia Legislativa. A minha relação com o Amazonino não é de convergência absoluta. Eu divirjo de muitas coisas. Mas reconheço que ele tem experiência e tem contribuições dadas ao Estado. Conhece o Estado como poucas pessoas conhecem. Obviamente que o Amazonas avançou muito. Tem hoje desafios de modernização de novos instrumentos de gestão. Mas isso não significa dizer que ele não possa construir uma equipe como tal. Portanto, não há posição radical de dizer que não é possível uma aliança.
O senhor já conversou com Amazonino sobre isso?
Não há, nesse momento, nenhuma conversa nessa direção. Com muita honestidade e transparência, a conversa que existe hoje é entre eu e o presidente Lula para definir o que nós, da base aliada, vamos fazer no Estado do Amazonas. E tem uma conversa marcada para o começo do ano. Porque treino é treino e jogo é jogo. E campeonato é campeonato. E final de campeonato é diferente. No treino eu posso colocar até o Ronaldo gorducho para treinar na seleção. Agora, na hora de jogar, tenho que mandar buscar o Luís Fabiano (jogador da seleção brasileira de futebol) em forma, sequinho, correndo a 200 Km por hora para gente ganhar a Copa América e a Copa do Mundo. Jogo de campeonato é para ganhar. Até agora estamos treinando, medindo, avaliando e conversando com o povo.
O senhor será candidato ao Senado?
Ninguém faz candidatura majoritária sozinho. Tem três condições básicas: eleitoral, o povo precisa querer; política, é preciso que tenha aliança; e as razões objetivas. Hoje (23) me perguntaram umas 300 vezes: o senhor é candidato ao Senado? Não sei se o povo quer. É preciso saber se tem aliança política em torno disso, se tem razões objetivas, se o interesse do grupo ao qual pertenço é de que eu saia candidato. Todas essas questões estão abertas.
E o vice-governador Omar Aziz será candidato?
Se eu for candidato, o Omar vira governador. É legítimo ele disputar a reeleição. Ele está comigo há sete anos no Governo. Conhece o governo por dentro. Ajudou a construir as políticas públicas que estão aí. Foi companheiro leal e correto. Não tenho como chegar e dizer para o Omar: você não pode ser candidato. Como também acho legítimo o ministro Alfredo Nascimento disputar o governo. É senador da República, ministro. É legítimo. Precisamos construir com base nessas premissas um projeto vencedor em cima do modelo que implementamos no Amazonas, que está dando certo. Até os nossos adversários reconhecem que o Amazonas avançou muito.
O senhor vai se arriscar a perder o Governo?
Eu tenho 49 anos de idade. Já fui vereador, deputado estadual, deputado federal, vice-prefeito, secretário de Obras. Já perdi eleições. Já ganhei. Sou governador pela segunda vez. Não estou mais nessa de menino entusiasmado correndo atrás de fantasia. Estou atrás de fazer o bem ao nosso povo. E tenho compromisso com o presidente Lula. Com um projeto que esta fazendo bem ao Brasil. E tenho compromisso com um projeto que esta fazendo bem ao Amazonas.
FONTE: ACRITICA
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