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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Serafim diz que Eron Bezerra é um "inútil" e ministra da Pesca uma "desinformada"


01.04.11 - MANAUS

O ex-prefeito Serafim Correa acusou a ministra da Pesca, Ideli Salvati, de ser desinformada em relação ao Amazonas. " Como é que alguém vai a um estado e não se informa sobre os assuntos do seu Ministério?, pergunta Serafim, que rebate declarações da ministra sobre o terminal construÍdo em seu governo. Serafim também ataca o secretário de Produção Rural do Estado do Amazonas, Eron Bezerra, a quem chama de "inúti", e diz que o prefeito Amazonino Mendes é um “esquecido” e "megalômano".

Veja a íntegra do desabafo de Serafim, postado ontem na internet.


O INÚTIL, A DESINFORMADA E O ESQUECIDO

Por Serafim Correa


A Ministra Ideli Salvati, da Pesca, está em Manaus. Por conta da sua presença, houve uma entrevista em que ela, o Secretário de Produção Rural, Eron Bezerra e o Prefeito Amazonino Mendes resolveram se unir para me atacar por conta da obra do Terminal Pesqueiro.

Tenho sido ao longo do tempo tolerante com agressões partidas de variados setores, algumas até de aliados, que sempre mereceram o meu apoio pessoal e do meu partido, mas decidi que a partir de agora, para falar o português claro, quem pisar no meu pé vai levar uma bicuda na canela.

Destaco abaixo o que disseram sobre a obra o trio da Ministra, do Prefeito e do Secretário, segundo o Portal D24am:

SECRETÁRIO

O secretário de produção rural do Governo do Amazonas, Eron Bezerra, disse, nesta quinta-feira (31), que o terminal pesqueiro de Manaus é inútil, por, de acordo com ele, suportar apenas apenas 200 toneladas de pescado e, por isso, servir apenas “para embarque e desembarque de mercadorias”. Eron participa, nesta quinta-feira (31), do encontro da ministra de Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, com o governador Omar Aziz (PMN).

“Esse terminal pesqueiro é um engano, não tem utilidade. Ele suporta apenas 200 toneladas de pescado e ainda foi construído em cima de um lixão. Por isso nem pode ter sua capacidade ampliada, pois não suportaria. Creio que nem agüenta a capacidade atual. A Sepror nunca participou desse projeto”, disse Eron.

PREFEITO

O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), disse que a gestão atual “não tem nada a ver com o terminal pesqueiro”. “Esse terminal tem projeto errado, equivocado, mal feito, descompromissado, um elefante branco que será devolvido ao Ministério”, disse Amazonino.

Questionado sobre um projeto alternativo ao atual terminal pesqueiro, o prefeito disse que Manaus não tem verba suficiente para isso, além de outro projeto. “Precisamos de recurso e um projeto verdadeiro, e é caro”, disse.

MINISTRA

“Ainda não podemos nos posicionar. A Câmara de vereadores de Manaus chegou a querer apresentar proposta de repassar a administração do terminal para o Ministério, mas há pendências judiciais. Há vários alegando ser donos do terreno onde atualmente está erguido o terminal”, disse a ministra.

Vou, então, antes de responder a cada um dos três relembrar os fatos para avivar a memória de quem está esquecido.

Terminal pesqueiro é um pleito antigo da cidade. Um porto que permitisse o desembarque do pescado para a cidade em condições de segurança. Em 2005, quando cheguei à Prefeitura, o desembarque do peixe era feito atrás do mercado central numa balsa de um particular. Decidimos transferir para a Feira da Panair e, embora sem as condições ideais, lá passou funcionar muito melhor do que antes. Até hoje é por lá que descarregam o pescado.

Naquele ano, o então Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento comunicou-me que havia colocado no orçamento da União recursos para a construção do terminal pesqueiro, assim entendido um porto onde ocorresse o desembarque do pescado e para tal queria fazer o convenio com o Município. Existiam, porém, algumas condições a serem cumpridas pela Prefeitura e que eram as seguintes:

a)- Entrar com o terreno;

b)- Participar do investimento com contrapartida;

c) – Ao final da obra concluída, doá-la à União, para que o Ministério da Pesca o equipasse e, em seguida, definisse o modelo de gestão.

Não hesitei um minuto em topar fazer o convenio, afinal era um pleito de cinqüenta anos. Ele foi celebrado lá na própria Feira da Panair, na balsa do desembarque do peixe, presentes eu, o Ministro Alfredo Nascimento, o Ministro José Fritcsh e o então vice-governador Omar Aziz. Na oportunidade o Governo do Estado comprometeu-se a doar o projeto, que foi feito pela PRI ENGENHARIA.

Ficou definido, por várias razões, que o melhor lugar era aquele onde foi erguida a obra. Eram dois terrenos e eles foram desapropriados e os valores correspondentes depositados em Juízo. Um dos supostos proprietários não tinha Registro de Imóveis. No processo de desapropriação a AGU – Advocacia Geral da União – habilitou-se para dizer que o terreno era de propriedade da União.

Ora, o assunto já ficou resolvido com o depósito do valor, que dirá na seqüência quando a própria União, a quem tudo será doado ao final, pela AGU diz que a área é sua?

A obra foi iniciada, prosseguiu sobre fiscalização do DENIT e TCU, e ao deixar a Prefeitura ela estava 95% pronta.

Amazonino assumiu repetindo o mantra de que tudo da minha administração era ruim e todos os problemas que não conseguia resolver eram culpa da administração passada. Seus objetivos políticos eram claros, mas no terceiro ano do seu mandato a população já entendeu tudo.

Em relação à obra do terminal pesqueiro, ele suplementou orçamentariamente mais CINCO MILHÕES DE REAIS para concluí-la, o que de fato aconteceu. A obra está pronta há mais de um ano e agora falta doá-la e entregá-la ao Ministério da Pesca para equipá-lo e definir o modelo de gestão.

Esses os fatos.

Agora as respostas.

AO SECRETÁRIO

Como disse, aquilo é um terminal de descarga para desembarque do pescado. Foi projetado para isso pelo Governo do Estado do qual ele foi secretário por quatro anos. O projeto não é ruim. É bom e foi aprovado pelo DENIT no Governo do Presidente Lula.

A câmara frigorífica prevista é de 200 toneladas, pois aquilo não se destina a ser um armazém de peixe. É para os barcos chegarem e desembarcarem o pescado. A câmara vai existir para eventualidades. Quem quiser armazenar peixe deve fazê-lo em outra área, arcando obviamente com os custos.

O projeto foi feito pelo Governo do Estado, através da CIAMA, e ele diz que nunca participou. Vejam que no tapume está lá o nome da CIAMA e a bandeira do Governo do Estado estilizada, símbolo usado pelo governo passado e atual. Por que teria sido? Talvez pela pouca importância que lhe davam dentro do Governo do qual ele era secretário e não sabia o que acontecia. Inútil, portanto, era ele como secretário, já que nem lhe informavam do que estavam fazendo na sua área de atuação.

AO PREFEITO

Amazonino continua o “esquecido” e o megalômano de sempre. Disse ele que : “a gestão atual não tem nada a ver com o terminal pesqueiro”.

Como não tem nada a ver? O Município é uno, não existe o Município do Serafim, o Município do Amazonino.

E para refrescar a memória, quem foi o prefeito que suplementou a obra em CINCO MILHÕES DE REAIS? Foi ele que pelo visto está com profundas crises de amnésia.

Prosseguiu dizendo: “Esse terminal tem projeto errado, equivocado, mal feito, descompromissado, um elefante branco que será devolvido ao Ministério”. Afirma isso para tentar desqualificar o que foi feito por mim, mas não cola mais. Afinal, como é que alguém achando isso, coloca mais CINCO MILHÕES DE REAIS no projeto? E devolver ao Ministério da Pesca é obrigação do convenio que ele vai ter que cumprir.

O fecho da entrevista revela a sua megalomania: “Questionado sobre um projeto alternativo ao atual terminal pesqueiro, o prefeito disse que Manaus não tem verba suficiente para isso, além de outro projeto. “Precisamos de recurso e um projeto verdadeiro, e é caro”, disse.”

Ou seja, ainda nem colocamos para funcionar esse que deu tanto trabalho e ele já quer fazer outro e que ele vai logo dizendo que não tem os recursos, mas que é “caro”.

À MINISTRA

Como é que alguém vai a um estado e não se informa sobre os assuntos do seu Ministério?

A ministra é uma desinformada, para ser elegante com ela, porque poderia dizer que ela foi irresponsável em não se inteirar dos fatos, mas vou considerar a sua inexperiência na administração e principalmente na área em que está atuando como prêmio de consolação por haver sido derrotada nas eleições.

Se ela tivesse se informado com a AGU saberia a real situação do terreno, que não constitui nenhum obstáculo. Ela não sabe nem dizer se a Prefeitura de Manaus já entregou ou não a obra ao seu Ministério. E entregando ou não, pergunto eu, o Ministério dela provisionou os recursos para equipar o terminal?

Ela precisa melhorar as suas companhias que só lhe dão maus conselhos e informações erradas. E ela sai lá de Santa Catarina para fazer o jogo eleitoral de uns e outros em Manaus?

Pra cima de mim, não, Ideli.

fonte: portaldoholanda

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