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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dez carros reforçarão combate à dengue no Amazonas


Veículos chegam na próxima semana e serão usados na aplicação de inseticidas contra o mosquito Aedes aegypti.

25.02.11 - BRASILIA
O Ministério da Saúde encaminhará, na próxima semana, dez novos carros para reforçar a aplicação de inseticidas contra o mosquito transmissor da dengue no Amazonas. Os veículos fazem parte da reserva estratégica nacional e partiram do Rio de Janeiro com destino a Belém, de onde seguem para Manaus em balsas. A previsão de chegada é na próxima terça-feira, 1º de março. Desde janeiro, outros seis carros estão cedidos à Secretaria Estadual de Saúde, para aplicação de inseticidas, conforme indicação técnica.
O trabalho será complementado por agentes de controle de endemias, que aplicam larvicidas e adulticidas diretamente nas casas onde houver focos do Aedes aegypti. Também já foram enviadas ao estado 35 bombas costais, que são utilizadas pelos agentes para pulverização de inseticidas. Essas unidades devem chegar a Manaus na semana que vem.

Além disso, o Ministério reforçou o quantitativo de insumos estratégicos no estado, com o envio de 750 bolsas com kits para operações de campo, 20 mil cartões de acompanhamento do paciente com dengue, 20 mil frascos de soro fisiológico, 1,5 mil frascos e 10 mil comprimidos de paracetamol e 2.704 cartazes de classificação de risco dos pacientes. Foi feito, ainda, um repasse adicional de inseticidas: larvicidas (5 mil quilos) e adulticidas (5,4 mil litros e 20 mil cargas de inseticida residual).

VERBA EXTRA – Essas medidas fazem parte do pacote de ações divulgadas pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no último dia 20, para conter o avanço da doença no Amazonas. Na ocasião, em visita a Manaus, ele anunciou o repasse extra de recursos, para as Secretarias de Saúde do estado e da capital. Ao todo, são R$ 49 milhões mensais para reforçar a assistência aos pacientes e R$ 11,6 milhões para as ações de vigilância em saúde.

O Ministério também destinou R$ 3,6 milhões para a instalação de 60 novos leitos em Manaus e R$ 3 milhões para a contratação de pessoal. O trabalho das equipes de saúde será monitorado e, se houver necessidade, o Ministério poderá destinar recursos extras para mais contratações. Além disso, já estão garantidos R$ 3,1 milhões para a compra de insumos e materiais. Essa verba, no entanto, pode chegar a R$ 4,5 milhões, de acordo com necessidades específicas da capital.

VIGILÂNCIA – Durante a visita do ministro Alexandre Padilha, também foi autorizada a liberação de mais R$ 800 mil para investimentos em Vigilância em Saúde. A verba será liberada em duas parcelas iguais, de R$ 400 mil cada. Novos recursos para essa área só serão autorizados mediante a comprovação da execução do Piso de Vigilância em Promoção da Saúde do Estado no ano de 2010. Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde repassou R$ 15 milhões para o Fundo Estadual de Saúde para executar ações de vigilância em saúde.

Um técnico da Secretaria de Vigilância em Saúde está em Manaus desde o último dia 22 e permanecerá na capital por duas semanas. Ele trabalhará, junto com os técnicos das Secretarias de Saúde do Estado do Amazonas e do Município de Manaus, para intensificar o monitoramento dos tipos de vírus da dengue em circulação na capital. Serão coletadas amostras de sangue de pacientes com sintomas da doença em quatro unidades de saúde, em diferentes pontos da cidade.

O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, explica que, para que o trabalho ocorra o mais rápido possível, foram ampliados os pontos de coleta na capital amazonense. “Isso nos permitirá ter uma mostra representativa do comportamento dos sorotipos da dengue em Manaus”, avalia.

MAPEAMENTO – A expectativa é coletar 200 amostras – 50 em cada unidade de saúde – e encaminhá-las para análise no Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará. O Instituto é laboratório de referência do Ministério da Saúde e da própria Organização Mundial de Saúde (OMS) para realização da técnica de isolamento viral, que possibilita distinguir os quatro sorotipos virais da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Não há sorotipo mais perigoso ou letal. No entanto, o fato de o DENV-1 não circular de forma predominante no país desde o final da década de 90 indica que muitas pessoas não tiveram contato com esse sorotipo e, portanto, não têm imunidade contra ele. Isso ocorre porque quando uma pessoa se infecta por um determinado sorotipo cria imunidade permanente apenas para ele e não para os outros três.

“Mas, para evitar o agravamento da situação, recomendamos a intensificação das medidas de vigilância epidemiológica, controle de vetores e de assistência aos pacientes, preconizadas pelo Ministério da Saúde e pelo próprio Estado e Município, em seus planos de contingência. Essas ações independem do sorotipo viral predominante em Manaus neste momento”, alerta Giovanini Coelho.

O Ministério da Saúde orientou ainda o município de Manaus a remanejar 140 profissionais do Programa Saúde da Família para centros de saúde e hospitais. Até o Carnaval, a medida ampliará de oito para 47 o número de centros de saúde funcionando em horário especial – até 22h. Para vencer a dengue, no entanto, é fundamental que a população continue mobilizada e empenhada em manter suas casas e ambientes de lazer, estudo e trabalho livres de criadouros do Aedes aegypti.

Por Ana Paixão, da ASCOM/MS

fonte: ministério da saúde

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