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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Relatório da PF aponta compra de votos no Amazonas


13.01.11 -

A Operação Dakar, deflagrada pela Polícia Federal do Acre, em agosto de 2010, tinha o objetivo de investigar suposto esquema de lavagem de dinheiro e prática de caixa dois envolvendo a esposa do deputado federal Silas Câmara (PSC), a missionária da igreja Assembleia de Deus Antônia Lúcia Câmara. Foi além: captou conversas telefônicas que revelam que recursos levantados pelos templos da igreja no Amazonas podem ter sido usados para comprar bens distribuídos a eleitores do casal Câmara, às vésperas da eleição de 2010.

Trechos do relatório da PF e que fazem parte da representação feita pelo Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) contra Silas Câmara - por violação ao artigo 30 A da Lei das Eleições e que trata da prática de caixa dois e abuso do poder econômico - mostram que moradores da cidade de Guajará, município distante 1.474 quilômetros de Manaus, receberam doações de cabos eleitorais de Silas para, em troca, ajudar a reeleger o parlamentar.

Equipamentos como caixas de som, amplificadores, geradores de energia, motores com rabeta e bicicletas foram distribuídos a vários eleitores da cidade. Até a esposa do prefeito de Guajará, Maria da Conceição do Nascimento Silva, disse em depoimento a PF que, ao declarar apoio a Silas, recebeu uma moto da marca Dafra, zero quilômetro, sem documentação. O presente foi dado por Raimundo Bento dos Santos, também conhecido como "Zé do Ônibus", um dos principais cabos eleitorais de Silas e do candidato a deputado estadual em Guajará, pastor Márcio Ribeiro, também filiado ao PSC.

Além de Guajará, os municípios vizinhos de Pauini e Boca do Acre garantiram a Silas Câmara as maiores votações obtidas no pleito de 2010. Em Pauini, o deputado foi o mais votado, com 1.803 votos; em Boca do Acre foi o segundo deputado federal mais votado, com 2.030 votos.

Silas Câmara foi o quarto deputado federal mais votado do Amazonas com 127.134 votos. Ele teve um crescimento de 21% sobre seu eleitorado em relação a votação de 2006. Em fevereiro, Silas iniciará o quarto mandato na Câmara Federal, marcado por ações judiciais que incluem desde acusações de compra de votos até falsidade ideológica.

A reportagem do acritica.com tentou falar com os deputados federais Silas e Antônia Lúcia, mas ambos não atenderam as chamadas realizadas para seus telefones celulares.

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