
06.01.11 -
O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) abriu inquérito para investigar ações de ongs (organizações não-governamentais) ilegais em comunidades ribeirinhas do município de Novo Airão (a 115,15 quilômetros de Manaus). A prefeitura de Novo Airão, por meio de seu procurador, André Luiz de Oliveira, nega manter qualquer relação com as supostas ONGs.
Segundo o secretário de comunicação do município, Juscelino Taketomi, as comunidades que residem à margem do rio Unini estariam sendo deslocadas para a zona urbana por ongs estrangeiras.
Essas mesmas ONGs também estariam ocupando ilegalmente a comunidade Tanauaú, na região do rio Jauaperis, já na fronteira com o Estado de Roraima.
Taketomi disse que circula pela cidade a informação de que um casal de franceses identificados como Kris e Paul Klark atuam nas proximidades da comunidade Itaquera, no rio Jauaperis. “Ouvi de alguns pescadores essa informação. Alguns falam bem, outros não”, disse.
André Luiz de Oliveira afirmou encaminhará nesta quinta-feira a resposta da prefeitura. “O MPF nos perguntou se estávamos sabendo desse remanejamento dos ribeirinhos. A gente não tem conhecimento disto. Também quis saber se essas tais ongs, que a gente não sabe o nome, nos enviava algum tipo de relatório de suas ações. Isso não acontece”, disse.
Os Parques Nacionanis de Jaú e Anavilhanas estão localizados no município de Novo Airão. Eles são administrados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-ICMBIO.
Conforme Taketomi, a única ong conhecida que desenvolve trabalho no local é a Fundação Vitória Amazônica (FVA), uma das mais respeitadas da região. A FVA apoia, em parceria com os ribeirinhos, pela criação Reserva Extrativista na região do rio Jauperis.
Segundo o secretário, a FVA também defende a luta da população de quilombolas por indenização junto à União por terem sido desabrigados da região do rio Jaú após a criação dos parques nacionais de Jaú e Anavilhanas.
A assessoria de imprensa do MPF/AM informou que o procurador federal Edilson Vitorelli Diniz Lima, autor do inquérito, não está mais lotado no Amazonas.
No entanto, o inquérito vai continuar. A assessoria disse que o MPF/AM encerra o recesso nesta sexta-feira e só então poderá dar mais informações sobre o caso.
fonte: acritica
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