MANAUS - Corpo achado pela manhã na Esplanada

O vigia Francisco Chagas Ferreira de Araújo, 47, foi morto por bandidos dentro da Loja Explanada do bairro da Compensa, na Zona Oeste, nesta madrugada de quarta-feira, depois de ser amarrado e enforcado com o próprio cadarço de sua bota, segundo informações preliminares dos peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, depois do corpo ser encontrado pelos funcionários que chegaram cedo na loja para trabalhar e se depararam com a cena macabra.

A quantidade e o valor dos objetos furtados pelos bandidos que assassinaram o vigia, supostamente enquanto ele dormia, não foram divulgados pela direção da Esplanada. A gerências da loja permitiu a entrada da imprensa mas a polícia não concordou e lado de fora da loja o que se viu foi uma multidão de pessoas curiosas procurando saber detalhes do latrocínio (roubo seguido de morte).

Uma das notícias divulgadas pela polícia indicava que os ladrões arrombaram o telhado e o forro da Esplanada da Compensa e seguiram para o salão de vendas dos produtos, onde teriam cruzado com o vigia que pode ter reagido e acabou assassinado brutalmente, apesar de sua idade avançada. O nome do ladrão, conhecido pela alcunha de Zé Galinha foi divulgado como suspeito de participação na morte do vigia da Esplanada.

Vítima trabalhava desarmada

A direção da Esplanada e a polícia também confirmaram que o vigia não trabalhava armado, apesar de ficar sozinho a noite e a madrugada inteira tomando conta do enorme prédio onde funciona aquela filial da Esplanada. O fato do vigia não ter uma arma de fogo para defender sua vida e o patrimônio entregue aos seus cuidados durante o expediente noturno, facilitou a ação dos ladrões na morte de Francisco e possibilitou o furto de vários objetos antes da fuga dos ladrões desconhecidos que seriam pelo menos três pessoas, disse um dos tiras.

INQUÉRITO CRIMINAL

Delegado solicita prisão preventiva do assassino

O delegado da Delegacia Especializada em Homicídios e Seqüestros (DEHS), Mariolino Brito, já solicitou a prisão preventiva do cirurgião dentista Milton César Freire da Silva, acusado de assassinar a ex-mulher e perita criminal da Polícia Civil, Lorena dos Santos Baptista, 37. Ele se apresentou, por volta das 16h40 de ontem (6), acompanhado de seu advogado, Lino Chíxaro, na sede da DEHS, localizada na avenida Autaz Mirim, Jorge Teixeira, Zona Leste.
Milton César prestou depoimento ao delegado da Dehs, Mariolino Brito, e como já estava fora do flagrante, foi liberado. Além da prisão preventiva, sem justa causa, o delegado solicitou também o exame de necrópsia feito no corpo da vítima, bem como o laudo pericial. "Aguardaremos agora a Justiça deferir ou não a prisão preventiva", declarou Mariolino. Lorena Baptista foi morta por volta de meia-noite e meia dessa segunda-feira (5), com um tiro na nuca, no apartamento do dentista e ex-marido dela, localizado na rua Rei Arthur, Condomínio Vila Lobos, no Parque Dez, Zona Centro-Sul.

PERIGO NA NOITE

Mais dois assaltos a taxistas provocam medo na categoria

Um assalto no bairro Novo Israel, na Zona Norte, por volta das 02h00 de segunda-feira e no outro roubo ocorrido às 03h40 de hoje (7), no bairro Alfredo Nascimento ( Zona Leste), praticado por bandidos perigosos armados de revólveres e bastante violentos, volta a deixar toda a categoria com medo de trabalhar, principalmente no horário da noite. No primeiro crime o taxista, Oswaldo Viana Tarantino, 29, foi agredido com coronhadas, teve de entregar cerca de R$ 250,00 e o celular par não ser assassinado, mas ainda assim teve de abrir a porta do carro e correr, para pedir socorro de transeuntes que chamaram a polícia.

No outro assalto, foi a vez do motorista de táxi Vardelino Alcântara Lucena, 49, ter sua vida colocada em risco meia hora depois de pegar dois homens na Bola da avenida Grande Circular, perto da Feira do Produtor, local inclusive, que serve de concentração de muitos malandros e prostitutas à noite inteira. Os homens mandaram ele seguir para o bairro Alfredo Nascimento e assim que chegou na avenida principal, anunciaram o assalto e tomaram dinheiro do taxista, que não reagiu e ficou bem caladinho, para não ser executado a tiros e facadas, segundo a declaração que deu no 14º Distrito Integrado de Polícia, instantes depois do crime.