O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Mariolino Brito, disse, na tarde desta segunda-feira, que ouviu o depoimento do menino de 11 anos, filho da perita criminal Lorena dos Santos Baptista, 37, e do dentista Milton César Freire da Silva, 38.
De acordo com Mariolino, o menino disse ter visto sua pai, Milton, apontando a arma para a cabeça de sua mãe, Lorena. O delegado, no entanto, não quis informar se o menino presenciou o momento do disparo. O depoimento, disse ele, foi prestado na tarde de sexta-feira, com a presença de familiares e do advogado de Milton, Kennedy Oliveira.
O garoto foi a única testemunha da morte de Lorena, ocorrida no último dia 5, dentro do apartamento de Milton, no conjunto Vila Nova, bairro Parque Dez, zona centro-oeste de Manaus.
A perita morreu com um tiro disparado com sua própria pistola. O dentista, que fugiu do local do crime e apresentou-se à polícia 36 horas depois, alegou que o disparo foi acidental. Ele está respondendo ao inquérito policial em liberdade, após o pedido de prisão contra ele ser negado pela juíza do 1º Tribunal do Júri Popular (TJP), Mirza Telma Oliveira Cunha.
Segundo Mariolino, as evidências encontradas no local do crime, coletadas por ele próprio, com sua máquina fotográfica, mostraram que Lorena estava sentada e que o tiro foi à queima-roupa, disparado em sua têmpora esquerda. “Se fosse um acidente, a trajetória do tiro seria de baixo para cima, supondo um acidente”, afirmou.
O delegado disse ainda que o depoimento da criança ajudou muito em sua investigação, com o objetivo de desarmar a defesa de Milton. “Falta pouco para concluir a investigação. Assim que tudo for terminado, encaminharei o inquérito ao Ministério Público, solicitando a prisão do suspeito, por crime de homicídio doloso” afirmou.
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