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segunda-feira, 19 de julho de 2010

19 de julho – Um ano sem Gilberto


19 de julho – Um ano sem Gilberto

Amigos e familiares de Gilberto celebram nesta segunda-feira, 19 de julho, a Missa da saudade e do agradecimento para este líder político e – disparado – o maior benfeitor do Amazonas. Sua trajetória simboliza um jeito de fazer política focada nos mais humildes, especialmente os que vivem no beiradão, consumindo as migalhas que caem das mesas no banquete da capital. O perfil de Gilberto, seu compromisso e paixão pelo Amazonas, servem de paradigma e deveria ser objeto de reflexão para as novas gerações de políticos, interessados fundamentalmente em se dar bem. Há exceções, é claro, mas a grande maioria fez da política meio de vida e trampolim de enriquecimento rápido. Os partidos políticos servem como indumentária e instrumento de promoção pessoal, jamais como ideário de conduta e princípios filosóficos de intervenção social para promover a qualidade de vida do cidadão. Hoje, o PMDB de Gilberto, partido do qual era presidente e que ajudou a estruturar no Amazonas, instalando diretórios por todo o beiradão, freqüenta a Delegacia de Polícia, na vala comum da contravenção, achaques e extorsões de praxe desse estilo asqueroso de fazer política.

Orgulho e graça

É justo e digno recordar que Gilberto esteve na raiz de viabilização do Prosamim, o maior programa de recuperação sócio-ambiental que Manaus já assistiu. Foi o Boto, com seu prestígio e respeitabilidade no Congresso Nacional, que assegurou e avalizou o empréstimo inicial junto ao Banco Mundial para garantir o deslanche dessa obra que, segundo ele, resgatou a dignidade dos moradores do bodozal, isto é, da lama, e de quebra, evitou que a cidade fosse vítima de eventuais e fatais epidemias. Na mesma balada de uso do prestígio em favor do Amazonas, trabalhou com seus pares no Congresso e com o governador Eduardo Braga para prorrogar a Zona Franca em 2003. Estes são dois exemplos recentes de uma trajetória de dignidade política que enche de orgulho e graça o povo do Amazonas.

Compromisso e transformação

Com mais de meio século de vida pública, Gilberto deixou um legado impar de trabalho e grandes resultados no processo de transformação do Amazonas. Quando foi chamado por Plínio Ramos Coelho, eleito governador em 1955, para entrar no Palácio Rio Negro e “...ajudar a governar o Amazonas”, Gilberto fez sua estréia na administração pública com os acertos que lhe fizeram pouco depois secretário de Fazenda e prefeito de Manaus. Na gestão seguinte, já era ele quem segurava o timão do Estado, com apenas 30 anos, o governador mais jovem do Brasil. Foi ele que instalou a rede de distribuição de energia elétrica e de água, asfaltou as ruas empoeiradas e esburacadas da cidade, construiu e pôs a funcionar hospitais, escolas e demais equipamentos públicos no Amazonas, com o cuidado de pagar os salários atrasados dói funcionalismo e estabelecer uma agenda pontual de pagamentos que é obedecida até nossos dias. Era a transformação do porto de lenha ao limiar de uma nova era de prosperidade.

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