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terça-feira, 13 de abril de 2010

Eron vê ato de imposição


André Alves
Da equipe de A CRÍTICA

O líder comunista e deputado estadual Eron Bezerra disse, ontem, que o senador e pré-candidato ao governo, Alfredo Nascimento (PR), procura impor um palanque único em torno dele ao tentar se credenciar junto aos partidos da base aliada como o “ungido” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A lógica do Alfredo é: ‘eu sou o ungido do presidente Lula e que todos digam amém’ ”, criticou Eron Bezerra. Na avaliação do comunista, a postura do ex-ministro Alfredo dificulta as negociações da base para o tão propalado palanque único na campanha ao Governo do Estado.

O ex-ministro dos Transportes e senador Alfredo Nascimento (PR) disse publicamente, em fevereiro, que se não fosse o candidato único da base aliada, não seria candidato ao governo. Para o ministro, a “união” deveria estar em torno dele. “Pode haver quantos candidatos e palanques queiram, mas o aliado do PT e candidato do presidente Lula sou eu. Se isso não valer, aí, não me interessa, não tem jogo. O meu palanque está prometido desde muito tempo. A união estará nesse palanque”, disse Alfredo, no dia 4 de fevereiro, em Brasília.

Na avaliação de Eron Bezerra, a presunção de Alfredo Nascimento torna difícil as negociações com o PR. “Não dá para nem ele e nem ninguém ser candidato por imposição. Não temos nenhuma objeção a nenhum candidato da base. Mas nós entendemos que o candidato a governador deve ser aquele que reunir o maior número de apoios. Nós não excluímos ninguém”, disse Eron. “Defendemos o palanque único no Amazonas. A diferença é que o palanque único não pode ser escolhido por imposição de quem quer que seja”, afirmou.

Ontem, Alfredo Nascimento esteve reunido a portas fechadas com representantes petistas, na sede do PR, tentando estreitar os laços entre as duas siglas com vistas à eleição de outubro. O presidente estadual do PT, João Pedro Gonçalves, e o deputado estadual Sinésio Campos, estiveram na reunião. Segundo eles, a decisão definitiva sobre o apoio petista na campanha ao governo só se dará no dia 25 de abril.

Após a reunião, o senador Alfredo falou sobre apoios em tom menos altivo. “Apoio ninguém força. O apoio vem do convencimento. Se o Amazonino (Mendes, prefeito de Manaus) apoiar o Omar (Aziz, governador e pré-candidato), o Serafim (Corrêa, ex-prefeito de Manaus), eu vou respeitar. Democracia é isso. Eu tenho um plano, tenho um projeto que quero colocar à disposição dos eleitores com o objetivo de que esse meu projeto seja vitorioso”, disse ele.

De acordo com Alfredo Nascimento, o apoio do PT é essencial para sua campanha ao governo. “Só vou fazer qualquer entendimento com outros partidos de forma mais profunda depois que eu tiver uma posição oficial do PT”. Segundo ele, o Partido dos Trabalhadores terá lugar de destaque no Governo do Estado, caso logre êxito na eleição de outubro.

“O PT, participando do meu governo, não será coadjuvante. Será parte integrante do meu governo”. No Governo Eduardo Braga (PMDB), o PT ocupou seis pastas da administração estadual. Questionado se pretende abrir diálogo com o PCdoB, Alfredo disse que senta “com quem quiser conversar”.

O senador Alfredo Nascimento disse, ontem, que se sentia mais preparado e mais experiente depois de ter feito parte do Governo Lula. “Sou candidato. Quero ter partidos que me apoiem. O PT é o início dessa conversa”, declarou.

Fonte: Acritica

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