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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Criança de 2 anos é vítima de dengue hemorrágica em Manaus

12.02.11 -

Depois de dez dias sofrendo com sintomas da dengue, o pequeno Vitor Hugo Souza Batista, 2, morreu, nas primeiras horas de sexta-feira (11), vítima da forma hemorrágica da doença, como afirma o atestado de óbito da criança. Os pais acreditam que o diagnóstico errado e a prescrição de antibióticos potencializaram o desenvolvimento da enfermidade e levou a criança à morte.

“Desde terça-feira da semana passada (1°) estávamos levando nosso filho ao médico, porque ele estava vomitando e defecando sangue e estava com muitas manchas vermelhas no corpo. No Pronto-Socorro da Criança da zona Sul, o médico Bairon do Nascimento examinou e disse que não havia nenhum ‘laço’ de dengue, mas apenas verme e receitou amoxicilina (antibiótico) e metranidazol (verme)”, relatou Diego de Oliveira Batista, 20, pai de Vitor Hugo.

Ele e a esposa, a estudante Nadia Aline Frazão, 19, ainda tentavam recompor as forças após o sepultamento da criança, realizado no início da tarde desta sexta no cemitério Parque Tarumã, zona Oeste. Mas, na fala apertada pela dor da perda prematura do único filho do casal, uma certeza: “Se eles (médicos) tivessem diagnosticado logo a doença, ele poderia não ter morrido. Demoraram muito. Só um dia antes de ele morrer é que confirmaram que ele tinha dengue”, disse a mãe de Vitor Hugo segurando o choro.

Antes de morrer a criança peregrinou por três unidades de saúde da rede estadual. Na primeira, o Pronto-Socorro da Criança, na terça (1°), a dengue não foi diagnosticada apesar dos sintomas. Na manhã do sábado (5) Vitor Hugo teve convulsões e desmaios, foi levado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Danilo Correa, na Cidade Nova, zona Norte, recebeu os primeiros-socorros e foi transferido para o Hospital e Pronto-Socorro da zona Leste, o “Joãozinho”, onde depois de cinco dias internado foi dado o diagnóstico de dengue, mas já era tarde. “O resultado confirmando a dengue só saiu na quarta-feira (9). Houve um despreparo dos médicos e meu filho morreu”, lamentou Nadia Frazão.

As causas da morte de Vitor Hugo, segundo o atestado de óbito, foram por choque, septicemia, dengue, crise convulsiva e hemorragia pulmonar maciça.


Fumacê tardio

A família de Vitor Hugo ainda tentava entender a morte prematura da criança, quando foi surpreendida pela visita de uma equipe de combate à dengue da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). A revolta de quem estava na casa da avó da vítima, na rua Tarumã, no Riacho Doce, Zona Norte, foi geral. “Agora meu filho já morreu! Vieram tarde demais”, esbravejou o autônomo Diego Oliveira.

“Senhor, eu compreendo sua dor, mas é nosso trabalho. Viemos aqui porque toda vez que tem uma morte por dengue hemorrágica precisamos bloquear a área. Recebemos a notificação do hospital e precisamos borrifar a casa”, disse um dos agentes de endemias da Semsa enquanto entregava uma espécie de notificação à família de Vitor Hugo.

Apesar da revolta, a família autorizou a borrifação da casa onde a criança morava.


‘Bomba’

Acrítica.com ouviu um farmacêutico sobre a prescrição de amoxicilina e metranidazol para o pequeno Vitor Hugo. Segundo o profissional, que pediu para não ser identificado, a criança “ingeriu uma bomba”. “Esses remédios acabam com o fígado, principalmente diante do quadro de dengue hemorrágica, onde o fígado e o baço ficam comprometido. É como se colocasse uma bomba no organismo”, opinou.

fonte: acritica

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