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domingo, 17 de outubro de 2010

Média salarial do Polo Industrial de Manaus evolui 25%










Manaus - A média salarial dos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) cresceu 25% nos últimos cinco anos, passando de R$ 1.146,45 em 2005 para R$ 1.432,60 neste ano, considerando apenas os empregados efetivos, segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O valor exclui os encargos sociais e benefícios pagos pelas empresas aos trabalhadores, o que eleva a média para R$ 3.019,57 neste ano. O aumento de 24,9% não cobre a inflação acumulada de 2005 até setembro deste ano, de 27,36%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A média salarial é calculada a partir do total da remuneração pelo número de trabalhadores formais do PIM. Em 2010, até agosto, a média de mão de obra efetiva ocupada foi de 90.428. Em 2005, eram 81.013 trabalhando, sem contar os temporários e terceirizados.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, o piso salarial dos trabalhadores do parque fabril de Manaus que estão filiados ao sindicato é de R$ 700. “O sindicato representa 95% dos empregados do PIM e na nossa última reinvidicação salarial conseguimos aumentar o piso de R$ 520 para R$ 700, o que deu esse crescimento do salário médio para pouco mais de R$ 1.430”, afirmou Santana.

Ainda segundo o presidente do sindicato, entre as maiores conquistas trabalhistas dos últimos cinco anos no PIM, ele destaca a garantia de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em 132 empresas, assistência médica para o trabalhador e seus dependentes diretos e licença-maternidade ampliada para seis meses.

“A previsão do sindicato é que em dezembro deste ano e janeiro de 2011, quando as empresas pagam o PLR, os trabalhadores dessas 132 fábricas recebam aproximadamente R$ 140 milhões, isso sem contar o pagamento do mês e o 13º terceiro salário”, destacou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

Menores médias

Segundo dados da Suframa, existem 21.951 trabalhadores recebendo de dois a quatro salários mínimos, portanto, dentro da média salarial atual de R$ R$ 1.432,60. Porém, a faixa salarial com maior número de empregados é até um salário mínimo e meio (até R$ 765). Nessa faixa estão a maioria dos trabalhadores dos segmentos de vestuário e calçados, têxtil e beneficiamento da borracha.

Os melhores salários da indústria local são reservados a apenas 1.571 trabalhadores que ganham acima de R$ 7.650 (15 salários mínimos).

A maior média salarial do PIM, em agosto deste ano, foi registrada no setor químico, com média de R$ 2.563,70, seguido da indústria de isqueiros, canetas e barbeadores descartáveis (R$ 2.381,36) e o setor de duas rodas, cuja média salarial ficou em R$ 2.018,50. A indústria eletroeletrônica, que mais emprega no PIM, teve média salarial de R$ 1.275,34 em agosto.

Mulheres perdem espaço em fábricas

Depois da participação atípica de 57,8% em dezembro de 2005 no total de empregados nas linhas de produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), as mulheres vêm perdendo gradativamente espaço no setor e hoje respondem por 29% dos 104 mil postos de trabalho mantidos diretamente nas fábricas.

Indicadores socioeconômicos elaborados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) revelam que a participação caiu de 33,8% em novembro de 2004, no mês anterior em que a participação das mulheres foi histórica, para 31,2% em 2006, 29,8% em 2007, 29,4% no ano seguinte, para 28,6% em 2009, e estabilizando em 29% neste ano.

Em números absolutos, segundo a Suframa, dos 84.175 empregados nas linhas de produção do PIM em 2004, entre efetivos, terceirizados e temporários, 27.269 eram mulheres.
Neste ano, 30.269 vagas são ocupadas pelo sexo feminino, do total de 104.343 mantidas pela indústria incentivada. Desse total, segundo os indicadores da Suframa de agosto, os mais atuais, 11.920 são trabalhadores terceirizados e de contratados por tempo pré-determinado.

Dinâmica econômica

Em entrevistas ao DIÁRIO, os presidentes do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees), Wilson Périco, e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas, Ralph Assayag, explicam o porque da redução da participação das mulheres nas fábricas e onde essa mão de obra feminina está sendo incorporada.

Périco diz que as mulheres estão perdendo espaço para os homens na proporção em que as fábricas vão ampliando a automação das linhas de produção. O processo cria atividades que exigem mais força física e menos a atenção e concentração das mulheres aproveitadas nas atividades de repetição das linhas de montagem.

Já Assayag explica que essas mulheres que saem do setor industrial ou a nova geração de trabalhadoras estão ocupando espaço no comércio, principalmente assumindo funções que necessitam de ‘bom trato’ com os consumidores. Segundo o empresário, “as mulheres têm melhor resultado nas vendas e, como o comércio gira em torno dessa máxima, os homens acabam sendo direcionados para outras áreas”.

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