ESTE BLOG SAIRA DO AR DIA 20 DE JANEIRO

ESTE BLOG SAIRA DO AR DIA 20 DE JANEIRO

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Seca no Solimões obriga três cidades a fechar portos




















Três dos sete municípios do alto Solimões tiveram que fechar seus portos por conta da estiagem que assola hoje o Estado do Amazonas, informou o agente portuário e responsável pela Sociedade de Navegação de Portos e Hidrovias (SNPH) de Tabatinga, William Aquino.

Benjamin Constant e Tonantins, além da já citada cidade fronteiriça, tiveram que interromper as atividades portuárias por conta da pouquíssima quantidade de água que existe hoje ao redor de seus portos, pondo em risco a segurança de cargas e passageiros. Os portos de São Paulo de Olivença, Amaturá, Atalaia do Norte e Santo Antônio do Içá, apesar das dificuldades, não interromperam suas operações.

Há um mês, o cais principal do porto de Tabatinga está, literalmente, em terra. Mesmo com a subida do Solimões, ocorrida na última semana, a quantidade de água na área não foi suficiente para tirar a estrutura de cima da lama, de paus, pedras e muito lixo, que se acumulam na orla da cidade.

A situação é tão séria que um porto menor, mais antigo - e até então desativado - foi posto em operação para minimizar os prejuízos. William contou que períodos de estiagem extrema, como este que o município está vivendo hoje, fazem com que as viagens entre Manaus e Tabatinga fiquem mais demoradas e prejudiquem o comércio na região.

A média é de um dia e meio a mais de viagem, subindo o Solimões. “Uma grande embarcação demora cinco dias para chegar aqui. Mas com esta seca, a viagem dura entre seis dias e uma semana”, contou. Perto de 35 embarcações de grande porte se dirigem mensalmente da capital a Tabatinga, levando remédios, alimentos, materiais de higiene, eletrodomésticos, entre outros itens.

A cidade funciona como um grande polo comercial do alto Solimões - muitos dos produtos mais sofisticados chegam a região por ali, para depois serem comercializados na infinidade de comunidades e vilarejos que existem na área. Apesar do fechamento do porto, as atividades comerciais não foram interrompidas. Além da reativação do cais antigo, cuja obsolescência tecnológica é visível, as embarcações menores têm utilizado a frente da cidade como ponto de atracação para manter os negócios.

O cais menor tem sido muito utilizado por pequenas embarcações pesqueiras, que descarregam ali o pouco peixe que conseguem durante a estiagem. Além disso, após um mês e meio de inatividade, somente neste fim de semana duas grandes embarcações foram autorizadas a ancorar no porto do município - ainda assim, numa operação delicada e cheia de cuidados. “Estamos trabalhando em cima do que pode ser feito, mas nem tudo pode ser resolvido.

Esta seca é uma das mais rigorosas que tivemos, nunca tinha visto o Solimões secar desta forma”, informou o agente portuário.


fonte: acritica

Nenhum comentário:

Postar um comentário

obrigado

Total de visualizações de página