ESTE BLOG SAIRA DO AR DIA 20 DE JANEIRO

ESTE BLOG SAIRA DO AR DIA 20 DE JANEIRO

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Repórter cita plano de morte


Karol Pacheco
da equipe de A CRÍTICA

Gisele Vaz, repórter e produtora do extinto programa de TV “Canal Livre”, apresentado pelos irmãos Souza, afirmou ontem, durante depoimento prestado na 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecente (2ª Vecute), que estava presente em pelo menos uma das reuniões em que o deputado estadual cassado Wallace Souza tramava, junto a mais três pessoas, o assassinato da juíza federal Jaiza Fraxe. A informação é do promotor de Justiça Alberto Rodrigues Nascimento Júnior, membro da força-tarefa do “Caso Wallace”, que participou do depoimento.

Gisele é a atual chefe de gabinete da Casa Militar da Prefeitura de Manaus. Segundo o promotor, ela não soube informar a data da suposta reunião e nem quem estava com o deputado cassado. O esquema para assassinar a juíza Jaiza Fraxe foi denunciado pelo ex-segurança de Wallace Souza, o ex-policial militar Moacir Jorge da Costa, o “Môa”. Ele revelou à polícia que o plano teria a participação de Wallace, do filho dele Raphael Souza e de policiais civis e militares, como coronel da Polícia Militar Felipe Arce.

Gisele é uma das testemunhas de acusação do inquérito que investiga a suposta organização criminosa que agia em crimes de pistolagem e tráfico de drogas, e que seria comandada por Wallace e Raphael. O delegado geral adjunto, José Divanilson Cavalcante, também prestou depoimento ontem, no Fórum Henoch Reis, no bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul de Manaus. O promotor não divulgou o teor do depoimento do delegado.

Em depoimentos anteriores, Gisele havia dito que nas operações organizadas pelos irmãos Souza estavam sempre presentes os policiais do Departamento de Inteligência (DI) da PM, entre eles o capitão Alan da Matta, o coronel PM Jair Martins, o “Urso”, além de Arce e o resto da equipe que trabalhava com a família Souza.

A repórter disse, ainda, que Wallace e o vice prefeito, Carlos Souza, forjavam flagrantes para serem exibidos no Canal Livre, enquanto o vereador Fausto Souza ordenava o espancamento de muitas pessoas. Ela afirmou que os seguranças dos irmãos Souza sempre arrombavam portas, batiam nas pessoas e caso não aparecesse um autor para um crime, ou até mesmo um crime, os casos eram fabricados com tortura.

Depoimento inútil

O advogado de Wallace, Francisco Balieiro, disse que o depoimento do delegado Divanilson Cavalcante foi “inútil”. “O que ele disse não esclarece nada à Justiça, pois ele não sabe de muita coisa. No dia em que projéteis foram encontradas na casa de Wallace, ele não sabia sequer que aquela era a casa do deputado”, afirmou o advogado.

Balieiro questionou, ainda, o trabalho da força-tarefa do “Caso Wallace”. “A polícia continua investigando mesmo com o caso já na Justiça. A polícia quer fazer o papel que cabe somente à Justiça”, disse o advogado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

obrigado

Total de visualizações de página