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domingo, 21 de março de 2010

Salão de beleza oferece livro de arte, mas clientes preferem revista de fofoca


Um salão de beleza em Ipanema, na Zona Sul, oferece livro de arte para as clientes; outro, na Vila da Penha, no subúrbio, põe na mesa uma revista de nus masculinos. Todas concordam num ponto: beleza é fundamental, mas o modo como cada uma encara o ritual varia de acordo com a região do Rio. De preferência, com uma revista de celebridades nas mãos.

Na Zona Norte uma constatação: há mulheres que preferem “ler” a G Magazine (revista de nudez masculina voltada para o público gay) às revistas de fofoca.

A vendedora autônoma Creuza Pinheiro, de 65 anos, é uma delas. Ela diz gostar de todo tipo de revista, mas que a publicação com homens nus atrai mais sua atenção. “Às vezes venho ao salão só para ver esse tipo de revista”, confessou.

A manicure Denise Souza diz que ouve confidências das clientes e se considera "psicóloga" das clientes. “Eu funciono como psicóloga, conselheira, fico escutando elas reclamarem e dou conselhos”, disse ela.

Livro de arte divide opiniões

Diana Melo, dona de uma clínica de estética na Vila da Penha, acha que os clientes da Zona Norte conversam mais e têm mais afinidades com os clientes. “E com o passar do tempo acabamos nos tornando amigas. É diferente do pessoal da Zona Sul, onde o cliente não tem essa afinidade com o profissional.”

Mas Carmem Lúcia, dona de um salão no Leblon, na Zona Sul, acha justamente o contrário. “O povo da Zona Norte é mais profissional. Eles não têm tanta afinidade com a clientela, diferente do que acontece no meu salão. Aqui quando toca o telefone e não tem nenhum funcionário, a cliente é quem atende”, afirmou.

Ainda na Zona Sul, um salão resolveu inovar e oferecer a clientela livros de arte para passar o tempo. A novidade dividiu opiniões. A administradora Juliana Coimbra, de 24 anos, que estava num salão próximo ao dos livros, adorou a ideia. “Acho os livros de arte mais interessante do que as revistas de fofocas. Por que todos os salões têm as mesmas revistas?”

A advogada Ivone Nascimento concorda com Juliana, mas também acha que, dependendo do humor, uma revista de fofoca pode cair bem. Já Carmem discorda das duas. Acha que livros de arte e mulheres no salão de beleza não combinam: “Mulher gosta mesmo é de fofoca”.

Na Zona Norte, a ideia dos livros não pegou. “As pessoas vão para o salão para se divertir e não para ler livros”, disse Neo de Almeida, dono de um salão na Avenida Meriti, na Vila da Penha. “Aqui as pessoas falam sobre tendências, maquiagens, fofocas e programas de TV. Aqui livros não seriam interessantes”, afirma a gerente Luciana Andrade.

Em todos os salões visitados pelo G1, estavam disponíveis revistas com reportagens sobre a vida íntima dos famosos - até no que oferece livros de arte.

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